sexta-feira, junho 30, 2006

Oração à lua vermelha.


tem essa Corisco pra beber.
Meu filho
aprendeu a dizer o teu nome.
Sobre algum de teus mares,
um tapa-olho.
Esta montanha que habito
escancara a ti dentes cariados.
De um mar grafite, imóvel
milhares de setas vermelhas para ti apontam.
Disseram de um ciclone com nome de mulher
– tu, segues ímpar, anônima.

Lua bucaneira
me guarda com teu rubro olho de osso

enquanto durmo para reaver o meu nome.